As postagens seguintes (sempre de baixo para cima...) trazem o texto defendido em 25/02/2005 na banca do TFG (Trabalho Final de Graduação, no qual fui orientada pelo professor Antonio Carlos Barossi) e, eventualmente, alguma informação adicional relevante.
O trabalho individual "PARI - Propriedade Arquitetônica de Reunião de Idéias" foi realizado em conexão com outros quatro TFG's reunidos em torno de questões comuns e tendo o terreno do Pátio do Pari como suporte.
Em conjunto com esses quatro colegas-autores, Accacio Gomes de Mello, Luiz Ricardo Araújo Florence, Mariana Berto Vilela e Rodrigo Agostini de Moraes, foi escrita a seguinte introdução:
"O TFG - Trabalho Final de Graduação é um ponto de chegada, uma oportunidade para levantar questões que surgiram durante o curso e, por isso, o fruto de um pensamento acerca de uma problema identificado. Reconhecer um objeto de estudo que se sobressaia é uma primeira empreitada: o curso de arquitetura propicia um leque bastante amplo de assuntos, decorrentes das aulas e, principalmente, das atividades extracurriculares. O espaço da FAU é do encontro, um espaço para troca e construção de idéias e ideais. Ao se tirar proveito disso, muito se produz na faculdade.
Superado o primeiro obstáculo da identificação com um tema, o TFG costuma ser um momento solitário na trajetória do estudante de arquitetura. A quantidade de tempo disponível para o TFG nem sempre é suficiente para uma reflexão muito mais aprofundada ou uma produção de material mais bem trabalhado do que aqueles das disciplinas normais. O único encontro garantido para troca e revisão de idéias restringe-se ao estudante e seu orientador, muitas vezes até fora do campus.
Foi nesse cenário que o “Grupo Pari” se encontrou, pela FAU, com idéias que poderiam ser, com algum esforço, trabalhadas conjuntamente. O terreno do Pátio do Pari foi levantado como um possível lugar que pudesse abrigar as questões que cada um trazia de sua vivência na graduação, ao mesmo tempo em que suscitava novas necessidades, que deveriam ser enfrentadas conjuntamente. Com as reuniões a princípio semanais e logo mais freqüentes do grupo, aumentaram as chances de troca e desenvolvimento de idéias e o potencial de produção: encarou-se o trabalho em um terreno de doze hectares.
"O TFG - Trabalho Final de Graduação é um ponto de chegada, uma oportunidade para levantar questões que surgiram durante o curso e, por isso, o fruto de um pensamento acerca de uma problema identificado. Reconhecer um objeto de estudo que se sobressaia é uma primeira empreitada: o curso de arquitetura propicia um leque bastante amplo de assuntos, decorrentes das aulas e, principalmente, das atividades extracurriculares. O espaço da FAU é do encontro, um espaço para troca e construção de idéias e ideais. Ao se tirar proveito disso, muito se produz na faculdade.
Superado o primeiro obstáculo da identificação com um tema, o TFG costuma ser um momento solitário na trajetória do estudante de arquitetura. A quantidade de tempo disponível para o TFG nem sempre é suficiente para uma reflexão muito mais aprofundada ou uma produção de material mais bem trabalhado do que aqueles das disciplinas normais. O único encontro garantido para troca e revisão de idéias restringe-se ao estudante e seu orientador, muitas vezes até fora do campus.
Foi nesse cenário que o “Grupo Pari” se encontrou, pela FAU, com idéias que poderiam ser, com algum esforço, trabalhadas conjuntamente. O terreno do Pátio do Pari foi levantado como um possível lugar que pudesse abrigar as questões que cada um trazia de sua vivência na graduação, ao mesmo tempo em que suscitava novas necessidades, que deveriam ser enfrentadas conjuntamente. Com as reuniões a princípio semanais e logo mais freqüentes do grupo, aumentaram as chances de troca e desenvolvimento de idéias e o potencial de produção: encarou-se o trabalho em um terreno de doze hectares.
Convém afirmar, contudo, o espírito de “tentativa” com que os membros da equipe se dispuseram à experiência. Algumas práticas propostas no início do trabalho poderiam ter sido melhor realizadas, com mais organização. O processo deixou claro que existiram dificuldades que, talvez com um pouco mais de prática de trabalho em grupo, seriam facilmente resolvidas.
O principal agora, porém, é que este trabalho sirva como algum incentivo àqueles que desejem se aventurar a confrontar e construir idéias num momento decisivo e até bastante pessoal da graduação; apontando, quem sabe, para uma perspectiva mais acolhedora à troca de idéias quando o lugar de excelência do encontro não for mais a FAU, mas a cidade.
Algumas premissas de Projeto
Para o desenvolvimento conjunto dos projetos, o grupo procurou definir, já no início, a partir de estudos, algumas premissas básicas de projeto que foram seguidas e trabalhadas ao longo do processo.
Um ponto primordial do projeto foi, desde o começo, a transposição e permeabilidade do terreno, compatível com a idéia de não loteamento do pátio, mesmo entre as então propostas de projeto.
Decidiu-se preservar os dois principais galpões ferroviários existentes. O maior deles, sede da associação de produtores e hortifrutigranjeiros do estado, teria o uso de feira livre mantido.
Determinou-se, por exemplo, que não seria desejável alterar a estrutura do trem, já que existem declividades mínimas a serem cumpridas incompatíveis com as distâncias possíveis no terreno. Muito menos cogitou-se em retirar o percurso do trem do pátio. Pelo contrário: considerou-se a ligação o mais direta possível do Pari à Luz e ao Brás, de modo que seria inconveniente uma estação no terreno.
Como base de implantação em maior escala, o grupo adotou a intervenção proposta pelo professor Alexandre Delijaicov em sua tese de mestrado, na qual vários trechos do rio Tamanduateí são alagados visando à racionalização dos recursos e potenciais hídricos.
Também foram previstas para o pátio unidades habitacionais.
Para todas as edificações, determinou-se altura máxima de térreo mais 6 pavimentos, em função do gabarito baixo da região".
Nenhum comentário:
Postar um comentário